domingo, agosto 26, 2007

O TITANIC E A MAIONESE HELLMAN'S



HUGO CALDAS

Semana passada a minha TV a Cabo reprisou pela enésima vez o filme "Titanic". Com todo aquele aparato, efeitos especiais repetidos ad nauseam, mais o insosso canastrão Di Caprio, etc. Logo em seguida uma outra estação também reprisou uma versão inglesa da década de 50, com atores desconhecidos, em preto e branco e sem as armadilhas modernosas. Aí realmente a coisa mudou de figura. O que eu vi foi uma história bem contada, com começo meio e fim. Bem mais dramática, bem mais convincente.

Sobre o canastrão Di Caprio, forçoso será citar que quando da sua vista ao Brasil, o energúmeno cismou de passar uns dias em plena selva, coisa de gringo deslumbrado, e para lá se foi devidamente acompanhando por La Bündchen. O Morubixaba que recebeu o nobre casal no coração da reserva o chamou de lado e teceu críticas meio penalizado, por ele estar ao lado daquela mulher magrela sem atrativo nenhum. Absolutamente sem graça. Saco de ossos. Ato contínuo, recrutou umas das moçoilas da tribo bem mais chegada às gordurinhas e lhe entregou de presente com o seguinte rompante da maior sabedoria indígena:

"Mulher tem que ser gorda que é pra gente se afundar nas banhas."

Há muitas histórias relacionadas ao naufrágio do Titanic. Algumas apareceram agora devido ao sucesso do recente filme. Outras levam um tom meio sobre o anedotário. Acredito que muita gente boa não tem conhecimento do que passarei a relatar... Atesto, para os devidos fins que é a mais pura expressão da verdade.

Por volta de 1912, a maionese Hellman's era fabricada na Inglaterra. Durante a sua famosa viagem inaugural, o Titanic estaria transportando cerca de 12.000 potes do condimento para a devida entrega em Vera Cruz México, próxima parada do grande navio após deixar o porto de Nova Iorque.

A mexicanada (sem ofensas, patrulheiros) estava na maior excitação pela perspectiva da entrega, quando não mais que repente, tudo ruiu. Todo mundo se viu absolutamente inconsolável pela terrível perda. Das vítimas do acidente? Que nada. Por motivos outros. A comoção foi de tal forma que o Governo Mexicano declarou o Dia Nacional de Luto que eles ainda observam até a data de hoje. Pelos mortos e desaparecidos? Pela perda do "navio do século"? Qual, o que. Agora, olho no olho, você pode não acreditar mas, é sabido que o povo mexicano ainda observa o Dia Nacional de Luto porque eles, jamais esqueceram os 12.000 potes de Maionese Hellman's que se perderam no naufrágio.

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