domingo, outubro 07, 2007

STANLEY BARD em ASSASSINATO NA ALAMEDA 100

Conto policial de VALDEZ JUVAL

Ele chegou cedo ao escritório naquela manhã. Não havia passado bem a noite, devido não só a insônia costumeira como também pelas preocupações com o “caixa” que teimava em permanecer vermelho. Havia abandonado um pouco o trabalho e o dinheiro estava curto. Estendeu o período de “férias” após a solução do último caso que esteve trabalhando.

Exagero... Exagero mesmo... Gastou pra valer!... Também a gata que lhe ajudou a gastar a grana!... Foi tudo sensacional! Valeu a pena!

Deixou a porta da ante-sala aberta, já que a sua secretária ainda não havia chegado. Poderia de sua poltrona observar se alguém entrasse.
A parte externa ficara apenas na divisória de vidro com o belo letreiro que mandou colocar:

"STANLEY BARD – Detetive Particular".

Apanhou o jornal deixado pelo zelador por baixo da porta e levou para a escrivaninha. Passou a vista nele e se deteve no Caderno de Notícias Policiais.
Ali estava a reportagem completa da manchete escandalosa da primeira página:

“ASSASSINATO NA ALAMEDA 100”.


Braz Luccovino estava morto. Segundo deduções preliminares, ele reagira um assalto na entrada principal de sua mansão, naquela madrugada. Fora encontrado com um revólver na mão e sinais de luta corporal certamente usando também a arma.

A pergunta principal, óbvia e ululante era quem o matou.

Quando começou a se interessar pela leitura, sentiu a presença de alguém diante da mesa. Levantou a vista e cumprimentou, pondo-se de pé.

- Senhora...
- Martha... Martha Luccovino.

Não precisou dizer mais nada. O seu retrato estava ali, à sua frente, nas páginas do jornal.

Formosa... Exuberante... Basta?

Mas era muito mais. A mulher esculpida nos mínimos detalhes. Agora, de corpo inteiro, diante dele. Conteve-se, se apresentou e convidou-a a sentar-se.

A Alameda 100 fica na parte leste da cidade e do alto, proporciona para todos os habitantes da área, a linda vista do mar que quando na maré cheia quebra suas ondas nas pedras das encostas.

Uma renque de árvores de lindas flores e de frutos comestíveis cobre toda área. Por traz de cada muro alto, residências suntuosas, de arrojadas linhas arquitetônicas.

O palacete da família Luccovino é destaque não só pela disposição como foi construído como pelo grande zelo como é conservado e o muito bem cuidado jardim com grama e flores tropicais. Também se fala que todo o condomínio era protegido por forte esquema de segurança, com instalação de modernos detectores eletrônicos.

Foi com a certeza de que nada poderia lhe acontecer que Luccovino, naquela madrugada, levantou-se para verificar o que acontecia na direção dos portões de entrada da mansão.

Armou-se e sem querer acordar a sua mulher, de mansinho, saiu do quarto, descendo as escadas com toda cautela.

Martha estava querendo...

NOTA- O espaço é curto. Vamos suspender por aqui. Prometo continuar na próxima semana. É como novela: Quem matou Braz Luccovino?

JP 071007

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, muito bom mas por favor, não demore a postar o restante do texto
ok? Não cabe esta interrogação ao final...Parabéns...
Aguardo...

Anônimo disse...

QUEM DIRIA!... VALDEZ UM CONTISTA POLICIAL!... GOSTEI!... que venha mais...