sábado, outubro 13, 2007

STANLEY BARD em ASSASSINATO NA ALAMEDA 100


Conto policial de VALDEZ JUVAL


CAPÍTULO II

Martha estava querendo que se descobrisse o que havia acontecido e a livrasse de qualquer suspeita. Começava a se comentar no próprio meio investigativo que ela era parte do crime ou mesmo possível mandante. Falava-se da paixão do marido por ela, mas que a mesma não correspondia.

Braz Luccovino era um artista plástico de renome e transformou sua mulher em um modelo para todas as suas obras, especialmente as que apresentavam o nu e o sexo. Martha sentou-se e cruzou as pernas. Estava muito elegante, usando um traje discreto e respeitoso. A bela forma de seu corpo era completada com a proporcionalidade e a bem “esculpida” delimitação.

- Mataram meu marido, Sr. Bard.

E o pior, a polícia acha que tenho participação no crime. Fui submetida a um longo interrogatório e aconselhada a não me ausentar da cidade.

- Em vista das circunstâncias a senhora há de convir que faz parte do problema.
Fez uma pequena pausa e continuou:

- Sem se constranger, pode me falar sobre o seu relacionamento com ele?

- Normal se assim se pode considerar ter que deixar de lado o seu ciúme exagerado.
- Ele lhe exigia mais do que a senhora podia oferecer?
- Ou menos...
- Como assim?
- É uma história que para melhor ser entendida precisa ser começada.

A secretária chegara. Cumprimentou D. Martha e falou com Stanley dando uma ligeira justificativa pelo atraso. Saiu fechando a porta do gabinete.

Bard achou que precisava conhecer melhor a vida daquela mulher e lhe disse que inicialmente iria se informar das investigações policiais. O Delegado do Distrito da ocorrência fora seu colega de Faculdade. Providenciaria uma procuração para que ela lhe desse os poderes necessários que o habilitaria no processo já que para isto valia o seu diploma de Bacharel em Direito e a inscrição na Ordem dos Advogados. Ela perguntou:

- E seus honorários?
- A Senhora se entende com a secretária. E não se esqueça de assinar a procuração. Marcaram um novo encontro para o dia seguinte, em casa dela.

Depois de ficar “bolando” qualquer coisa, levantou-se, deu um “alô” para a secretária, recebeu a procuração e saiu.

Helen, a secretária, já estava acostumada com estes impulsos. Ela sempre ficava enciumada quando o seu “patrão” recebia clientes que despertavam atenção especial. Que podia fazer?...
De qualquer forma ela sabia que não era desconsiderada. Sempre tivera um bom relacionamento dentro ou fora do campo profissional. O respeito se impunha nos momentos de trabalho, mas viviam, bons momentos de prazer quando as oportunidades surgiam.

Stanley Bard também a considerava e sentia deixa-la sem qualquer explicação mas naquela ocasião o “estalo” foi realmente forte e procurou de imediato tomar as providências necessárias.

Quando o Detetive chegara ao carro para proceder às diligências que tencionava, seu celular dá sinal de mensagem e ele recebe uma noticia inesperada: Sua cliente, D. Martha Luccovino, estava dando entrada no Hospital, inconsciente, vítima de tentativa de homicídio.

NOTA: CAPÍTULO FINAL NA PRÓXIMA SEMANA

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