sábado, novembro 29, 2008

O destino das fábulas

Anco Márcio de Miranda Tavares

"Era uma vez..." Geralmente as fábulas começam assim. Nunca duas ou três vezes, mas apenas uma vez. E por aí vão desfiando mistérios e mais mistérios pra nossa pobre mente cansada e embotada decifrar. Eu já ouvi umas mil fábulas, sua MORAL e nunca aprendi nada com essas histórias de origem oriental.

Preferiria ganhar "uma fábula" na MegaSena e trazer um bom país para cá. Eu é que nunca sairia daqui. Pegaria por exemplo Mônaco que é quase apenas uma praça ou o Vaticano que é somente uma praça compraria (uma fábula de grana dá pra isso) e os traria para cá. E deixaria de ser cidadão brasileiro, essa coisa que tanto me envergonha.

Talvez alguém ache feio eu me envergonhar de minha pátria.Eu acho feio a minha pátria propriamente dita, tão cheia de prostituição infantil, corrupção, roubo, baderna e impunidade. Portanto a idéia de importar um país me atrai cada vez mais e cada vez mais ronda meus pensamentos.

Eu nasci aqui, aqui mesmo em João Pessoa, em Jaguaribe, na Rua do Abacateiro e essa rua sim faria parte de meu país, bem como todo o bairro de Jaguaribe de tantas lembranças boas e más. Eu talvez gastasse metade da fabula, mas iria morar num país fabuloso de verdade. O nome depois a gente pensaria.

Nesse país eu seria herói e todos os meus cavalos falariam inglês, e a noiva do cowboy era você e todas outras três. Eu só não iria partir para enfrentar os alemães com seus canhões, por não gostar muito de guerra. A única que eu gostava era Fátima Guerra com quem namorei na minha adolescência.

Os fabulistas inventaram as fábulas e agora está difícil de desinventar. Elas estão aí todas prontas pra ser contadas e recontadas e até servir de "moral" pra quem quiser usá-las. As fábulas...Ah, as fabulosas fábulas com seus mistérios que parecem vindos do oriente..."Era uma vez..."

www.ancomarcio.com

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