sábado, janeiro 03, 2009

A Revolução Cubana completa 50 aninhos. Regozijemos nós!

Andei dando umas incertas e encontrei um blog muito interessante o
" Obra em Progresso", lá do Sul Maravilha. O aludido blog traz uma matéria onde Caetano Veloso faz uma crítica ao texto de Fidel, (o decrépito ditador, dá-se agora ao deleite de escrever - ainda bem pois, àquele outro da direitíssima, o Marechal Franco - Caudilho de Espanha por la graça de Dios, meses antes da sua morte mandou dois jovens revolucionários para o garrote vil). Na postagem “Caetano fala sobre acusações do ex-comandante ao Blog "Generacion Y" da jornalista cubana Yoani Sánchez.

Pela Transcrição: H.C.

Caetano declara:

“O texto de Fidel é autocongratulatório, prolixo e injusto. Sobretudo com Yoani Sánchez, a cubana que mantém o blog “Generación Y” (http://www.desdecuba.com/generaciony). Ela e seu marido Reinaldo Escobar deram a resposta que eu gostaria de dar a Fidel”.

Caetano recomenda que todo mundo leia a resposta de Reinaldo Escobar (http://desdecuba.com/reinaldoescobar/), por isso Obra em Progresso publica abaixo uma tradução.

SOBRE O TELHADO DE VIDRO

O ex-presidente Fidel Castro acaba de publicar o prólogo do livro “Fidel, Bolivia y algo más” em que ele desqualifica o blog Generación Y que minha esposa, a bloguera Yoani Sánchez, mantém na internet. Desde o primeiro dia ela colocou seu nome e sobrenome (que ele omite) com sua foto à vista dos leitores para rubricar os textos que escreve com o único propósito, repetidas vezes confessado, de vomitar tudo que lhe produz náuseas em nossa realidade.

O ex-presidente desaprova que Yoani tenha aceitado o prêmio Ortega y Gasset de jornalismo digital do presente ano, argumentando que isso é algo que propicia ao imperialismo mover as águas em seu moinho. Reconheço o direito que tem este senhor de fazer esse comentário, mas me permito fazer a observação de que a responsabilidade que implica receber um prêmio nunca será comparável àquela de outorgá-lo, e Yoani, ao menos, nunca colocou no peito de nenhum corrupto, traidor, ditador ou assassino nenhuma condecoração.

Faço este esclarecimento pois recordo perfeitamente que foi o autor dessas reprovações quem colocou (e ordenou colocar) a Orden José Martí nas mais nefastas e imerecidas lapelas que foi possível: Leonid Ilich Brezhnev, Nicolae Ceausescu, Todor Yivkov, Gustav Husak, Janos Kadar, Mengistu Haile Mariam, Robert Mugabe, Heng Samrin, Erich Honecker, e outros que esqueci. Gostaria de ler, à luz destes tempos, uma reflexão que justifique aquelas honras improcedentes que, para mover água de outros moinhos, encheram de lodo o nome de nosso apóstolo.

É certo que o nome do filófoso Ortega y Gasset pode ser relacionado com idéias elitistas e até reacionárias, mas ao menos, nunca lançou tanques contra seus vizinhos incorformados, nem contruiu palácios, nem encarcerou nenhum dos que pensavam diferente dele, nem deixou em maus lençóis seus discípulos, nem reuniu fortunas com a miséria de seu povo, nem construiu campos de extermínio, nem deu a ordem de disparar contra quem - para escapar - saltou o muro de seu pátio.

REINALDO ESCOBAR (Reinaldo Escobar (1947). Jornalista, nasceu e vive em Cuba. Licenciou-se em Jornalismo na Universidad de La Habana (1971) e trabalhou para diferentes publicações cubanas. Desde 1989 trabalha como jornalista independente e seus artigos podem ser encontrados em diferentes publicações européias, no Encuentro en la Red e na Revista Digital Consenso.)

Um comentário:

Anônimo disse...

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