sábado, fevereiro 14, 2009

Brasileiro é barrado e humilhado em Madrid


Hugo Caldas

Em 26 de dezembro de 2008, o brasileiro Bernardo Almeida decidiu visitar a namorada que mora na Espanha, e a seguir iria iniciar viagem de 20 dias pela Europa, mas em lá chegando, o azarado se tornou mais uma vítima da arrogância das autoridades locais. Ficou detido no aeroporto de Madrid por mais de 24 horas e, apesar de apresentar dinheiro suficiente e documentos em ordem, foi deportado para o Brasil. A brincadeira sem graça custou ao Bernardo cerca de R$ 4 mil em reservas de hotel e passagens que evidentemente já haviam sido compradas. E pagas. Mas os homens não estão nem aí!

Ainda no aeroporto, Bernardo à duras penas, consegue falar com o pessoal da Embaixada. Avisaram que nada poderia ser feito para ajudá-lo. Bernardo escreveu então ao chanceler Amorim relatando o caso na Espanha. Até hoje só teve o silêncio como resposta.

Isso me traz à mente episódio semelhante acontecido com o locutor que vos fala no Aeroporto de Maiquetía, Venezuela em 1981. Estava em viagem a serviço da Viuva e tinha a saída marcada e confirmada para o Panamá naquele vôo. Embarcaram a minha "equipaje" mas infelizmente não encontravam um lugar disponível para mim. Como isso seria possível?

- "El vuelo se encuentra agotado"

Era o que diziam. Logo percebi a manobra. Teria que desembolsar uns quantos dólares para o cretino da empresa aérea que detinha as cartas na manga. Consegui contato com a Embaixada e fui atendido por um sujeito (de nome Krause) que se dizia secretário do embaixador. Relatei o problema e ele também afirmou nada poder fazer. Dizia que por ser uma tarde de sábado o senhor embaixador havia saído para uma pescaria. E ao ser perguntado quando seria possível falar com ele, obtive a educada, cortês e diplomática resposta:

- "Não comi merda de cigano para adivinhar”.

Não quero generalizar mas esse é o tipo de tratamento que nós, brasileiros, recebemos por parte das embaixadas. Não me admira em nada as desventuras do jovem Bernardo. Só lamento que esse tipo de incidente ainda ocorra em aeroportos do mundo exatamente 28 anos após aquela malfadada tarde na Venezuela. E olha que ainda não havia a praga do Bufão Chavez. Em tempo: para encontrar um lugar no "vuelo agotado" tive que pagar uma quantia quase três vezes o preço do trecho Caracas - Panamá.

Na volta ao escrever o meu relatório de viagem constava lá um item: "Propina no aeroporto de Maiquetía." O meu chefe não aceitou, claro, e eu tive que arrostar sozinho a despesa

Vejo agora de relance, uma manchete de jornal dizendo mais ou menos assim: "Brasileiros fogem do Exterior". É, a coisa está mais pra urubu do que para colibri. Esse caso da advogada pernambucana está realmente muito estranho. Vamos deixar para comentar depois que as coisas se esclareçam.

Para melhorar os ânimos lá vai esta do Nerso da Capitinga

... Uma garota inteiramente nua entra no Bar do Nerso da Capitinga e pede uma cachacinha.

Ele serve a bebida e, ao passar-lhe o copo, debruça-se sobre o balcão para observá-la atentamente. Pouco depois a garota pede outra cachaçinha e o Nerso volta a debruçar-se sobre o balcão. Ela se irrita:

- Você nunca viu uma mulher nua?

Educadamente, o Nerso responde:

- Mais claro qui já vi sô, bão dimais, tô mais é querendo sabê donde ocê vai tirá o dinheiro pra me pagá!

(pano rapidíssimo)

hucaldas@gmail.com
newbulletinboard.blogspot.com

Nenhum comentário: