sábado, fevereiro 25, 2012

Ecos de Momo

Nunca gostei mesmo de carnaval apesar de cair na frevança quase todos os anos. Quando ainda na Paraíba, os amigos todos na farra, o que fazer? Década de setenta, anos de chumbo, brincar carnaval no "Eu Acho É Pouco" era o que de melhor havia a fim de contestar "os home". Com mulher e filhos a subir e descer as ladeiras de Olinda... Mas o tempo passa, os anos começam a pesar, melhor ficar em casa assistindo as bobajadas do Galo da Madrugada e do carnaval da Sapucaí. Aliás entrei uma vez no Galo e saí da aglomeração na metade do caminho. Sou uma pessoa civilizada. Esse ano, além de tudo, acidentado e preso a uma cadeira de rodas, decidi assistir aos cinco filmes de Cantinflas que uma aluna mexicana me trouxe de presente. No restante do dia o jeito foi mesmo engolir a baboseira televisiva. Foi tudo praticamente igual ao carnaval do ano passado e de outros antanhos. Mudou muito pouca coisa ou praticamente nada. Os sambas-enredo das escolas do Rio e de São Paulo, a lesma lerda. O mesmo caminhão lotado com japoneses. Tudo igualzinho. Francamente, não acredito que os cariocas et caterva, São Paulo e alhures gostem realmente do espetáculo repetitivo a ponto de promoverem as cenas deletérias do que se convencionou chamar de "o tumulto de São Paulo". Voltando às vacas frias, houve no entanto, uma tendência. A profusão de cangaceiros e não apenas na Unidos da Tijuca. Nunca vi tanto cangaceiro junto e tanto boneco de Vitalino. Foi uma bela de uma homenagem, já não era sem tempo que o Seu Lua estava por merecer. Afinal de contas Luis Gonzaga foi eleito o Pernambucano do Século.

Para finalizar, uma dica importante. A grande pedida é assistir também aos desfiles das Escolas de Samba daqui. Serve para entender de uma vez por todas de como não deve ser uma escola de samba. Meninos, é de uma indigência constrangedora se colocada em termos de comparação com as "riquezas" do Rio de Janeiro.

Notei duas ausências injustificadas no Tríduo Momesco deste ano em Recife e Olinda: Não vi pela TV, sequer vestígio de Antonio Carlos Nobre, mais conhecido no carnaval do que arroz de festa e a troça carnavalesca Pitombeira dos 4 Cantos. O que houve? HC

6 comentários:

Claudia Silva disse...

Realmente Sr. Hugo não vi Antonio Carlos Nobrega , será que ele está doente?!?!?!? mas em fim concordo em genero número e grau que essas escolas de samba sempre são as mesmas coisas do carnaval do ano passado, mudou um pouco com essa homenagem a Luiz Gonzaga como o Sr. falou , mas mesmo assim não vejo graça do carnaval de la. =)

Ass: Claudinha

Anônimo disse...

Anônimo disse...

O Carnaval deste país não acontece nos 3 dias de Momo. Estes são apenas uma pálida e desbotada idéia do desbunde, deboche e despautério geral, que acontece nos outros 362 dias do ano. E pelo menos, nesses 3 dias, os políticos não tem tanta vez...

Anônimo disse...

Anônimo disse...

Nos tais "anos de cumbo" o carnaval não era tão fomentado como hoje que é atrelado a um plano politico de garantir a anestecia geral e o sucesso nas urnas.Aos que viveram com consciencia no tal período, deve se lembrar das ruas desertas e da falta dos blocos em plena terça gorda.

Anônimo disse...

"Anos de chumbo," , corrigindo em atenção ao rigor justo do blogueiro HC.

Hugão disse...

Hugão disse...

Caro "Anônimo"
O blog tem por política não dar guarida a textos sem a devida identiificação. Você com seus textos-comentários poderia muito bem se assinar.
Desculpe mas é deteminação. Fácil de mostrar o nome. Basta clicar em "nome" quando fizer o comentário. Outra coisa, acho que os dois últimos comentários seriam para a postagem de hoje, "Ecos de Momo".
Cordialmente. Hugo

Unknown disse...

u1t36f5m60 r3v28d2o74 z2a30g3a86 g7c24i5b56 f3s88s2p34 v4n40g7a14