segunda-feira, dezembro 24, 2012

"A LUZ E A ESPERANÇA"

Roberto Lamenha

No céu brilhava uma grande estrela, maior do que algo jamais visto, e todos presumiam que estava acontecendo alguma coisa anormal e estranha, ou mesmo prestes a acontecer.

Nada mais era que a junção dos planetas Júpiter e Saturno, ou seja, a passagem do primeiro sobre o segundo. Fato extremamente raro e fenomenal, conforme confirmado através de teorias astronômicas.

Poderia também ter sido o aparecimento do cometa de Halley. Porém, coincidência ou não, quando aquele fenômeno ocorria, um outro, igualmente singular, também se verificava, só que não se sabe exatamente o dia, hora e local.

Ocorreu, não como algo comum e corriqueiro, mas porque já era sabido e esperado.

Quando aquela luz brilhou nos céus, todos começaram a comentar que estava ocorrendo o que se aguardava, já fazia bom tempo.  O cochicho era geral. A curiosidade crescia.

Magos se apressaram em caravana à cata do ocorrido, pois criam eles que, sem dúvida, acabara de ser anunciado o nascimento do Filho de Deus. Mas onde estaria Ele? Como seria? Seria diferente de todos que habitavam a terra naquela época? Seguiam na direção da luz, como que magnetizados por tal encantamento. Essa viagem deve ter sido bastante cansativa, pois não se dispunha dos meios de transporte dos nossos dias, já que o lombo do camelo, com seus solavancos, por certo hoje deixaria muitos sobre uma cama ortopédica.

O fascínio da estrela era o que importava, e lá seguiam eles, noite e dia, sem parar. Precisavam ver para crer. Precisavam fazer suas oferendas. E orar. Orar, quem sabe, por dias melhores. Será que seriam aqueles piores do que os de hoje? Difícil dizer. Mas, nascera Jesus, e seu destino era, ao conviver com os homens, ensinar ao povo que, não só Ele, mas todos eram filhos de Deus. Com os mesmos direitos. Com os mesmos deveres. Suas palavras transmitiam amor e realismo, e seus gestos atraentes eram suaves e intrigantes. A cura de males era comum, sem contar alguns mortos que voltaram a viver. Tudo obra Dele. Ele pregava a justiça, a igualdade e a humildade. Sua jornada, porém, foi muito curta. Viveu pouco, mas o suficiente para que até hoje todos O tenham como símbolo de compreensão e amor.

Que neste Natal possamos também olhar para os céus, e descobrir aquela estrela que há tanto tempo esperamos encontrar brilhando, linda como nunca, e agradecer por tudo quanto temos conseguido, mesmo que pouco. Pelo convívio com parentes e amigos. Pelo pão que comemos. Pelo sorriso das crianças e pela beleza das flores. E pelo que haveremos de conseguir como fruto de nossa labuta diária. Não importa o que possamos ter perdido e sofrido ao longo do tempo, não esqueçamos o Natal. Seu significado jamais tem fim, qualquer que seja a dúvida ou o temor que se acerque de nós. 

Que possamos neste dia de festa nos lembrar dos amigos, abraçá-los, desejando-lhes toda felicidade, alicerçada nos ensinamentos do Filho de Deus.

Que tenham todos um ano repleto de venturas, guiados pela estrela que há de iluminar as veredas que ainda haveremos de percorrer, até o dia em que partirmos, desta para uma melhor, se for o caso, deixando no coração dos que ficarem os raios de esperança por um Mundo melhor.
           

Um comentário:

Mary Caldas disse...

Lamenha, meu caro
Que belo texto!
Nesse período mágico do Natal o convite ao BEM através do AMOR Incondicional de Jesus é a alegria maior. Celebremos!
"Em todas as épocas o BEM constitui a fonte divina, suscetível de fornecer-nos valores imortais...vem pelos pais, pelos mentores escolares, da leitura salutar,do sentimento religioso, dos amigos comuns.Se o clarim cristão já te alcançou os ouvidos , aceita-lhe as clarinadas sem vacilar." Emmanuel
Feliz Natal , Mary