quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Conspiração cubano-petista

Seg, 18 de Fevereiro de 2013 16:23

Veja: há “conspiração cubano-petista”contra Yoani Sánchez

Redação Comunique-se

A edição da Veja desta semana traz com exclusividade a matéria “O dossiê da vergonha”, que trata de eventual conspiração contra a dissidente cubana Yoani Sánchez. De acordo com a revista, o governo de Raúl Castro e militantes de esquerda ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Central Única dos Trabalhadores (CUT) planejariam espionar os passos da blogueira durante sua visita ao país. A matéria, de seis páginas, cita o envolvimento de um assessor do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.


Dissitente cubana teria se rendido ao dinheiro, diz dossiê (Imagem: Reprodução/Veja) Reportagem assinada por Robson Bonin menciona que o plano de espionagem foi elaborado pelo governo cubano, “mas será executado com o conhecimento e o apoio do PT, de militantes do partido e de pelo menos um funcionário da Presidência da República”. Segundo a Veja, no dia seis deste mês, ativistas foram chamados pela Embaixada de Cuba em Brasília para uma reunião com o embaixador Carlos Zamora Rodríguez. O encontro teria intrigado os convidados pela ausência de protocolos oficiais. “Os participantes foram convocados de última hora, por telefone, e orientados a não dizer os nomes, mas apenas as entidades e os partidos que representavam, durante a reunião”.

De acordo com o texto, o embaixador explicou que a reunião foi marcada para ajudar o regime cubano a “colocar nas ruas uma ofensiva de ‘contrainformação’ para ‘desmascarar’ Yoani Sánchez”, classificada como uma mercenária a serviço dos Estados Unidos. Rodríguez disse que a ação precisava ser rápida e que seria bem-sucedida se tivesse o apoio das redes e de jornalistas e blogueiros “amigos do regime”.

Veja afirma que os presentes receberam um CD, “com capa diferente, provavelmente para identificar um eventual vazamento”. Tratava-se de um dossiê com informações que contribuiriam para a campanha contra a blogueira cubana. A matéria cita que, incomodados por não poderem divulgar a origem das acusações contra Yoani, “alguns militantes preferiram abandonar a reunião ainda no começo”. A publicação da Editora Abril revela que o dossiê tem 235 páginas e contém artigos publicados sobre a blogueira, fotos e "sórdidas montagens com insinuações de que ela teria se rendido ao dinheiro porque bebe cerveja, come banana e vai à praia". Funcionário do Planalto
O assessor do ministro Gilberto Carvalho, Ricardo Poppi Martins, esteve presente no encontro agendado pelo embaixador. “Estava em pleno horário de expediente quando foi chamado a participar da conspiração na embaixada cubana”. Veja diz que ele viajou para Havana no dia seguinte para ir a um encontro sobre “novas formas de comunicação de rede e batalhas políticas”.

Durante a apuração, a revista procurou Poppi, mas ele não foi encontrado. A Secretaria-Geral da Presidência informou que desconhece sua participação na reunião com o embaixador, mas confirma que o servidor esteve na representação cubana no dia 6 de fevereiro para falar sobre a viagem que faria à capital do país comunista. O conselheiro político da embaixada cubana, Rafael Hidalgo, negou que tenha havido qualquer tipo de encontro conspiratório. “Não, não, não. Não aconteceu nenhuma reunião nesse sentido [ataques contra Yoani]”

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