Celso Japiassu
O dia claro ilumina a manhã de Copacabana neste final de
maio, em que o mar se agita e as ruas internas exibem tráfego intenso e
caótico, como sempre. Marquinhos, louco, grita para os motoristas seus
impropérios ininteligíveis e a velhinha que alimenta os pombos da praça
aparenta um ar cada vez mais distante. Como se não estivesse ali.
Os habitantes do bairro desfilam pelas calçadas, velhos na
direção do supermercado, do banco ou da farmácia. E as belas meninas caminham
na direção da praia na companhia dos pequenos grupos que saem da estação do
metrô.
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